Fazer o bem acima de tudo

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AAPPNE Jornal Amazonas Em Tempo 

Criada a partir da experiência pessoal de uma mãe com filho portador de deficiência motora, a Associação de Apoio às Pessoas Portadores de Necessidades Especiais (AAPPNE) é exemplo de superação e cidadania na cidade de Manaus
 

Por: Luciano Lima
Especial Em Tempo

 

Logo na entrada da sede da Associação de Apoio às Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais-AAPPNE , sou recebido pelo Munhoz associado da casa que gentilmente  avisou a chegada da reportagem do Em tempo. Com um largo sorriso a Fisioterapeuta Maria Dias nos recebe para mostrar um universo diferente, distante de alguns esteriótipos que comumente estamos acostumados a ver.

Localizado na rua Lisboa, nº 4 no bairro Campos Elíseos, o AAPPNE é entidade filantrópica que existe há 8 anos e surgiu com a missão de proporcionar atendimento qualitativo às crianças, adolescentes e famílias com algum tipo de deficiência. A associação conta a participação voluntária nas áreas de neurologia, psicologia, pedagogia, educação física, fisioterapia, além de coreógrafos, artesãos, comunicólogos e voluntários diversos que disponibilizam seus ofícios para a melhoria na qualidade vida e principalmente na inclusão desses cidadãos.

A fisioterapeuta explicou que a associação surgiu da necessidade de mostrar para a sociedade a importância que qualquer portador de necessidades especiais possui, além da motivação de ter criado com dificuldades seu filho Jean que possui deficiência motora.

“O trabalho que desenvolvemos aqui requer paciência e fé, pois o objetivo principal durante o tratamento é resgatar a auto-estima, mostrar que mesmo havendo dificuldades o mundo é para todos. Quando o Jean Nasceu tive as mesmas dúvidas que essas jovens mães possuem quando descobrem alguma deficiência em seus filhos. Há 37 anos com o nascimento do Jean descobri que minha missão é cuidar do próximo”, falou.

Maria explica que a causa vai muito além do que se é mostrado à sociedade pela mídia e outros projetos. “Há uma grande diferença entre imaginar como é a situação e sentir o a real convivência junto às limitações”, frisou.

“Infelizmente ainda é um jogo de empurra e empurra, tanto do poder público quanto de famílias que não sabem lidar com a situação”, completou.

O acompanhamento geralmente começa na fase infantil com alguma deficiência adquirida durante a gestação, porém há casos em que pessoas a casa após algum trauma ou acidente na fase adulta. O AAPPNE possui atualmente 132 associados que participam também de diversas atividades como o teatro desenvolvido desde 2006 e intitulado Grupo Sacy composto por participantes diversas faixas etárias que mostram todos os seus talentos representando temáticas como a desigualdade social, a proteção do meio ambiente e o valor a vida.

Assim como o teatro, palestras e atividades socioeducativas são desenvolvidas ao longo do ano principalmente em datas comemorativas, onde o público pode interagir diretamente em questões como direitos e deveres, cidadania, capacitação profissional, tipos de deficiência bem como acessibilidade global e informações pertinentes à pessoa com deficiência física.

 Maria informou que uma das grandes dificuldades da associação é a locomoção do grupo, mesmo havendo um transporte que foi doado, o mesmo possui emplacamento de outro Estado, e alguns trâmites necessários estão demorando a serem finalizados por falta de uma autorização para o veículo circular normalmente e faz um apelo para que órgãos legais possam interceder.

Quem curtiu essa grande causa e quiser conhecer o AAPPNE é só acessar a página na internet no endereço https://www.aappne.org.br e saber como participar do grupo de voluntários ou até mesmo fazer qualquer tipo de doação para casa.